O couro ou coiro é a pele curtida de animais, utilizada como material nobre para a confecção de diversos artefatos para o uso humano e animais, tais como: Roupas, sapatos,cintos, carteiras, bolsas, malas, pastas, casacos, chapéus, coleiras, selas de cavalo, entre outros.
Matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, sábado, 21 de junho de 2008
O “couro sintético” não é nem couro nem ecológico. “Existem vários materiais chamados de couro sintético, mas que são feitos de PVC, um derivado de petróleo”, afirma Luiz Carlos Faleiros, 49, responsável pelo laboratório de couros e calçados do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Segundo a explicação do engenheiro, esse material só não prejudica o ambiente quando é feito de PVC reciclado.
“Couro sintético”, na verdade, é uma denominação errada, até mesmo do ponto de vista legal. O artigo 8º da lei 11.211/05 diz: “é proibido o emprego (…) da palavra “couro” e seus derivados para identificar as matérias-primas e artefatos não constituídos de produtos de pele animal”. Semântica à parte, dar preferência ao material, apenas, não vai ajudar a poupar a vida de animais. “A população mundial vai continuar comendo carne”, diz Faleiros. Em outras palavras, o couro é um subproduto do corte, que é feito independentemente do aproveitamento da pele do animal.
Já o chamado “couro ecológico” não tem uma definição técnica ou legal, mas geralmente está associado a processos industriais que geram menos impacto que os tradicionais. “Couros ecológicos são menos poluentes, usam substâncias naturais ou biodegradáveis, têm menos restrição de mercado e usam menos água”, diz Gerusa Giacomolli, 32, técnica responsável pelo Centro Tecnológico do Couro do Senai.
Em geral, o couro ecológico é feito da pele de animais, especialmente bovinos, como o convencional. A diferença está no processo de curtimento: em vez de usar metais pesados, em especial o cromo, o couro ecológico usa substâncias alternativas, como os taninos vegetais. “Um tempo atrás, o curtume era visto como uma indústria muito poluente. Mas isso mudou muito”, diz Giacomolli.
Mas, para Faleiros, os fabricantes que querem ser rotulados como “ecológicos” deveriam se preocupar com a cadeia inteira. “Todo curtume gera efluentes. Na Europa, para ter o selo ecológico, o fabricante tem que provar que existe um tratamento de efluentes bem feito, ter embalagem de papel reciclado e tudo mais. É por aí que um produto tem que ser definido como ecológico”, diz. (CA)
Fonte: http://atec.com.br/blog/sustentabilidade/couro-sinteico/
Dados históricos
No Egito antigo, encontraram-se pedaços de couro curtidos há cerca de três mil anos a. c. Na China, a fabricação de objetos com couro já era efetuada muito antes da Era Cristã.
A História registra, ainda, que babilônios e hebreus usaram processos de curtimento, e que os antigos gregos possuíramcurtumes. Além disso, os índios norte-americanos também conheciam a arte de curtir.
A partir do século VIII, os árabes introduziram na Península Ibérica a indústria do couro artístico, tornando famosos os couros de Córdova.
Em Pérgamo desenvolveram-se, na Idade Antiga, os célebres "pergaminhos", usados na escrita e que eram feitos com peles de ovelha, cabra ou bezerro. Com o couro eram feitos, também, elmos, escudos e gibões. Os marinheiros usavam-no nas velas e nas embarcações de navios.
No Brasil, desde que a colonização se intensificou, os rebanhos se multiplicaram rapidamente. Os curtumes eram instalados facilmente e o couro era utilizado para fazer alforjes, surrões, bruacas, mochilas, roupas, chapéus, selas, arreios de montaria, cordas e muitas outras utilidades.
A região de maior concentração de curtumes de ribeira (fase inicial do processo) é o centro-oeste do Brasil, devido a proximidade dos rebanhos. Em Portugal, é em Alcanena. Já os curtumes de couro semi-acabado e acabado situam-se em sua maioria nas proximidades dos centros consumidores deste material, como as regiões calçadistas do Vale do Sinos no RS, além de Franca e Jaú, em SP.
Utilização
Nos últimos anos, em virtude de ser um material de custo alto, pela tendência da moda e outras exigências da vida moderna, ampliou-se consideravelmente o mercado de materiais diversos, sintéticos e naturais, em substituição ao couro. Também alcançou grande projeção no mercado o couro reconstituído ("recouro"), um misto de aparas de couro, resinas e outros produtos.
É importante salientar que é proibido por lei o uso da palavra "couro", como por exemplo "couro sintético" ou "couro vegetal" para qualquer material que não seja de origem animal, de acordo com a lei 11/211 de 2005.
De qualquer forma, o couro não perdeu sua posição de material nobre, sendo requisitado para a confecção de estofados (moveleiro e automotivo), calçados, vestuário e acessórios (bolsas, cintos, carteiras, maletas, pastas) no mundo inteiro.
O couro bovino é o mais utilizado, devido a ser o mais abundante do mercado e ao preço mais baixo. O segundo mais utilizado é o couro caprino, devido também à facilidade de obtenção, que torna os preços competitivos, e principalmente pela sua qualidade, que é maior do que a do couro de boi. Entretanto, também tem crescido a procura pelos couros suíno,ovino e de outras espécies de animais como o jacaré, cobra e leitões, mais recentemente, de rã e peixe.
Divisão
O couro bovino compõe-se duas partes importantes:
- Flor: camada externa do couro, que apresenta as características da pele, como os poros, típicos de cada animal.
- Raspa é a camada subjacente à flor, originada na operação de Divisão. Utilizada para a produção de artigos aveludados (camuças e camurções), podendo também receber acabamento para assemelhar-se à Flor.
Para se diferenciar em relação a seleção comercial dos couros, toma-se por parâmetro a incidência de defeitos ocorridos durante a vida animal, tais como a quantidades de marcas provocadas por carrapatos, bernes e outros parasitas que deixam suas marcas ainda em vida e que se estendem após o abate, além de marcas deixadas por arames pontiagudos, muito utilizados para cercar o rebanho e também galhos, muito comum em regiões de clima seco
O couro é considerado de boa qualidade quando apresenta-se adequadamente processado, e pelas características acima descritas, ou seja, quanto menor a incidência de defeitos melhor seu valor comercial.
Classificação
O couro possui diferentes regiões, cada uma delas sendo adequada à confecção das diversas peças que vão compor os produtos de couro.
Tradicionalmente os couros se dividem em:
- Grupon (do fr: croupon): região central, mais nobre, correspondente ao lombo no animal;
- Pescoço ou cabeça;
- Barriga ou flancos.
Defeitos mais comuns no couro
Berne
São furos encontrados no couro, causados pela larva da mosca conhecida como berne. Em peles envernizadas ou prensadas, deve ser feita uma verificação pelo carnal, pois o defeito normalmente não é visível por ser coberto pelo verniz ou pelo deslocamento do material próximo ao furo.
Carrapato
São marcas(cicatrizes) feitas pelo carrapato, e aparecem nos couros que não têm a flor lixada.
Cortes de esfola
São cortes que aparecem no couro, às vezes não o transpassando, causados por faca, quanto da retirada do couro do animal abatido.
Marcas de fogo
São defeitos causados pelas marcas de identificação do animal, que causam grande prejuízo nos couros.
Riscos
São defeitos causados normalmente por chicote, arame farpado ou mirão, e que aparecem na flor do couro.
Veias
São as artérias do animal, que por problemas de estrutura se alargam e ficam perto da flor, aparecendo após o curtimento.
Simbologia do Couro
Etiquetagem do Couro
Brasil é o primeiro país a criar simbologia específica para etiquetas de roupas de couro e seus artigos
O uso de uma etiqueta específica para o vestuário em couro vai de encontro aos direitos do consumidor em todas as instâncias e é de fundamental importância para o consumidor final e para o prestador de serviços de lavanderia. Para empregar a conhecida simbologia internacional de manutenção para o vestuário têxtil, o Brasil dependeu de autorização da França que detém a sua licença de uso. Desta feita, o Brasil saiu na frente e publicou normas técnicas para gerar etiquetas com símbolos de manutenção para roupas de couro e seus acessórios. E a partir da sua regulamentação poderá utilizar canais para torná-la internacional. A NBR 15105 - Identificação do couro quanto à origem e aos processos de curtimento, tingimento, engraxe e acabamento e a NBR 15106 – Símbolos de cuidado para limpeza e conservação de vestuário em couro e para montagem de etiquetas, publicadas pela ABNT em 2004 e inéditas até no mercado internacional, definem a simbologia destinada ao vestuário couro ou aqueles com sua composição e orientam a produção do vestuário em couro, desde a matéria prima até a etiqueta para o consumidor. Para o mercado nacional o cumprimento destas normas também funcionará como uma barreira técnica diante da permanente invasão de importados com baixíssimo nível de qualidade e que entram no Brasil sem qualquer tipo de controle. Abrangência - Para toda cadeia produtiva identificar os diversos tipos de couro destinados ao vestuário, desde o seu processamento no curtume, até chegar à indústria de confecção, representa um enorme avanço de ordem técnica e o preenchimento de uma lacuna até então fora do alcance do comércio e indústria de roupas, acessórios em couro, lavanderias e afins.
Apesar de todo o complexo de transformação e da diversidade de acabamentos que podem ser aplicados ao couro, é possível sim, orientar pela simbologia aplicada nas etiquetas, como lavar, limpar e conservar o vestuário em couro. Informar ao consumidor que seu produto deverá ser submetido aos serviços de um profissional especializado é dado insuficiente para garantir um tratamento adequado ao produto, caso não seja permitido a esse profissional o conhecimento da simbologia, destinada ao serviço de limpeza e higienização do couro. E a regulamentação da simbologia para o vestuário e artigos em couro representará um avanço e uma conquista que vai de encontro aos direitos do consumidor em todas as instâncias. Manual das NBRS - Ainda em 2004 quando a ABRAVEST encaminhou pedido de regulamentação, o INMETRO identificou a necessidade da elaboração de um manual técnico para estabelecer a correlação das NBR’s 15105 e 15106 e dar a aplicabilidades a estas normas.
Após quase três anos de pesquisa o material está pronto e traz subsídios para a Legislação Metrológica apresentar de forma didática as duas normas correlacionadas para a aplicação da simbologia específica do couro desde a sua origem no curtume, passando pelo comércio atacadista e confecções em geral até o produto final em forma de etiqueta de limpeza e conservação.
FONTE DESTA MATÉRIA: https://pt.wikipedia.org/wiki/Couro
FONTE DESTA MATÉRIA: https://pt.wikipedia.org/wiki/Couro
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ALGUMAS PEÇAS FEITAS EM CHAMOIS
SAIAS, VESTIDOS, CALÇAS, PONCHES
SAIA DE CHAMOIS, COM FREANJAS
SAIA DE CHAMOIS COLORIDA, CORTADOS A FIO
BLUSA FEMININO, SHORT E CAMISAS
CAMISA MASCULINO DE CHAMOIS
UM APANHADO DE 2 MATÉRIAS, QUE EU TIREI DO GOOGLE. COM OS CRÉDITOS DEVIDAMENTE DADOS.
POR NICE TEIXEIRA
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